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Agosto Lilás: Palestra promove conscientização

Leonardo Silva 30 de Agosto de 2021

Agosto Lilás: Palestra promove conscientização


No mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a Delta Global promoveu uma palestra sobre o tema para os colaboradores da empresa, com as advogadas Milena Sasso e Rafaela Caporal, fundadoras do Direito das Gurias. A palestra aconteceu em três momentos, durante os dias 26 e 27 de agosto, e reuniu colaboradores da sede de Porto Alegre, interessados no tema.

O Brasil é o quinto país no ranking mundial de feminicídios. De janeiro a julho deste ano, só no Rio Grande do Sul, foram registrados mais de 29 mil casos de violência contra a mulher, de acordo com levantamento da PROCERGS. Dados que foram apresentados por Milena Sasso, especialista em Direito de Família e Sucessões (PUCRS) e mestranda em Direito (UFRGS), e Rafaela Caporal, especialista em Direito LGBT+ e advogada voluntária no Grupo G8-Generalizando - Direitos Sexuais e de Gênero (SAJU/UFRGS).

No Direito das Gurias, Sasso e Caporal buscam construir e ampliar discussões do meio jurídico sobre gênero e sexualidade. Palestras para empresas também fazem parte deste objetivo, que é “possibilitar a ampliação do diálogo, visto que o mesmo é uma das formas - dentre tantas - de enfrentamento à violência contra as mulheres. Além disso, conversar e compartilhar informações, conhecimentos e vivências, é um mecanismo que nos permite quebrar barreiras para tratar sobre tópicos que são considerados ‘tabus’ e que, ainda atualmente, observamos a circulação de informações erradas e carregadas de preconceito e discriminação”, explica Sasso.

No ano passado, no RS, 70% dos feminicídios registrados ocorreram dentro do domicílio da mulher e a maioria não tinha feito nenhuma ocorrência anterior. Na palestra Agosto Lilás, na Delta Global, as advogadas indicaram como perceber os sinais de violência doméstica, que podem ser desde ações que passam despercebidas, por exemplo regular a roupa que a mulher veste, afastá-la das suas relações sociais e o ciúme exagerado. E também reconhecer os tipos de violência conforme a Lei Maria da Penha (11.340/2006): física, psicológica, patrimonial, sexual e moral.

O momento foi, também, de entender como interferir nesses casos, as redes e os canais de atendimento disponíveis. Por exemplo, quando é uma emergência, a ligação deve ser feita para a Polícia Militar, no número 190. Para Caporal, o combate também passa pelo suporte e escuta à vítima: “Não devemos normalizar [a violência], mas, sim, apoiar aquela mulher que denuncia. A denúncia é o primeiro passo, há uma vida toda após a violência”, indica.

Por isso a importância em criar espaços para promover a conscientização sobre o tema, especialmente no ano em que se comemora os 15 anos da Lei Maria da Penha, que busca enfrentar, prevenir, garantir e dar assistência à mulher vítima de violência de gênero. Louise Carvalho, coordenadora de Recursos Humanos da Delta, afirma que o objetivo da palestra foi sensibilizar a promover a conscientização dos colaboradores: “Entendemos que somente através do debate e exposição de ideias será possível a reversão do cenário e dados alarmantes do estado que foram trazidos”, conclui.

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Leonardo Silva 30 de Agosto de 2021

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